Aguardamos todos para o lançamento e começando o ano já no pique dos quadrinhos!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
Lina: Entrevista com Bruno Auriema
01 - Quem foram os envolvidos?
Eu, Bruno Auriema, nos desenhos e cores e a Cristina Veiga no roteiro. A editora é a Estação Liberdade.
02 - De quanto foi a 1a. tiragem do livro?
2000 exemplares.
03 - Quem diagramou? Quanto tempo levou?
A diagramação foi feita por mim (Bruno Auriema)... não sei te dizer ao certo quanto tempo levou, pois eu fazia a diagramação conforme as páginas estavam prontas, mas com certeza foi um processo que tomou boa parte do meu tempo.
04 - Qual foi o passo seguinte, com o arquivo digital em mãos?
A Editora se responsabilizou pela artefinalização do livro e envio para a gráfica, embora eu já tenha preparado tudo no formato adequado, com sangria, etc. Eu e a Cris também passamos boas horas olhando cada arquivo das páginas, revisamos o texto várias vezes, pra nos certificarmos de que estava tudo ok.
05 - Como foi sua experiência com a gráfica?
Esta parte eu confiei à Editora, já que, ao ver os livros publicados por eles, percebi que o material era sempre de muita qualidade. No final ficamos muito satisfeitos com o livro impresso. As cores e o acabamento ficaram muito bons.
06 - Você teve algum problema com burocracia? Qual? Como foi resolvido?
Se eu começar a te contar... (rs)
Desde o princípio foi bastante complicado pra nós, toda essa parte de documentação exigida pelo Edital, de correr atrás de uma pessoa jurídica, e principalmente o pouco tempo que tinhamos pra cumprir todas as etapas. Felizmente sempre tivemos uma excelente assessoria por parte do pessoal da Secretaria de Cultura, que tirou todas as nossas dúvidas e nos ajudou muito nesse processo.
2000 exemplares.
03 - Quem diagramou? Quanto tempo levou?
A diagramação foi feita por mim (Bruno Auriema)... não sei te dizer ao certo quanto tempo levou, pois eu fazia a diagramação conforme as páginas estavam prontas, mas com certeza foi um processo que tomou boa parte do meu tempo.
04 - Qual foi o passo seguinte, com o arquivo digital em mãos?
A Editora se responsabilizou pela artefinalização do livro e envio para a gráfica, embora eu já tenha preparado tudo no formato adequado, com sangria, etc. Eu e a Cris também passamos boas horas olhando cada arquivo das páginas, revisamos o texto várias vezes, pra nos certificarmos de que estava tudo ok.
05 - Como foi sua experiência com a gráfica?
Esta parte eu confiei à Editora, já que, ao ver os livros publicados por eles, percebi que o material era sempre de muita qualidade. No final ficamos muito satisfeitos com o livro impresso. As cores e o acabamento ficaram muito bons.
06 - Você teve algum problema com burocracia? Qual? Como foi resolvido?
Se eu começar a te contar... (rs)
Desde o princípio foi bastante complicado pra nós, toda essa parte de documentação exigida pelo Edital, de correr atrás de uma pessoa jurídica, e principalmente o pouco tempo que tinhamos pra cumprir todas as etapas. Felizmente sempre tivemos uma excelente assessoria por parte do pessoal da Secretaria de Cultura, que tirou todas as nossas dúvidas e nos ajudou muito nesse processo.
07 - Onde tem seu livro à venda? Quanto custa em média?
No momento o livro está à venda na Livraria da Vila, onde foi feito o lançamento, mas logo será vendido em várias outras livrarias. O preço do livro é de 35 reais.
08 - Vai haver mais tiragens? Se sim, já sabe por qual editora?
Bom, tudo vai depender da aceitação do público e das vendas dessa primeira tiragem. Se uma nova tiragem for impressa, com certeza será pela Editora Estação Liberdade.
09 - Você já fez a "contra-partida" que é pedida no edital?Se sim, onde e como foi? Se não, onde e quando será?
Estamos trabalhando nisso. Tivemos contato com diversas bibliotecas de São Paulo, e acredito que as contrapartidas serão realizadas entre o final de novembro e dezembro.
No momento o livro está à venda na Livraria da Vila, onde foi feito o lançamento, mas logo será vendido em várias outras livrarias. O preço do livro é de 35 reais.
08 - Vai haver mais tiragens? Se sim, já sabe por qual editora?
Bom, tudo vai depender da aceitação do público e das vendas dessa primeira tiragem. Se uma nova tiragem for impressa, com certeza será pela Editora Estação Liberdade.
09 - Você já fez a "contra-partida" que é pedida no edital?Se sim, onde e como foi? Se não, onde e quando será?
Estamos trabalhando nisso. Tivemos contato com diversas bibliotecas de São Paulo, e acredito que as contrapartidas serão realizadas entre o final de novembro e dezembro.
10 - Você tem mais algum projeto em vista?
Sim. Temos um projeto que começamos a desenvolver assim que terminamos Lina. Tudo que podemos adiantar é que será bem diferente de Lina, com certeza.
11 - Algo a acrescentar?
Esses meses foram muito corridos, mas com certeza muito divertidos. Tivemos o prazer de conhecer pessoas legais e interessantes, como os outros vencedores do ProAC 2008, assim como reencontrar pessoas que não viamos há tempos. O apoio de conhecidos, amigos e família também foi muito importante. Espero poder passar por essa loucura toda mais vezes!
Obs. Mais informações no blog do projeto, http://linahq.blogspot.com/
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Paulo Ramos comenta Fractal
Fractal traz história sobre serial killer ambientada em São Paulo

Capa do álbum de Marcela Godoy e Eduardo Ferigato, publicado com verba do governo paulista
A estreita janela que mostrava o que seria publicado neste ano de 2009 apresentava uma perspectiva real de um volume grande de álbuns nacionais com narrativas mais longas.
Uma das iniciativas que autorizava tal leitura era o edital de incentivo à produção de histórias em quadrinhos, promovido pelo governo do Estado de São Paulo.
Os dez selecionados tiveram este ano para produzir os projetos. Três já foram lançados. A maior parte ficou mesmo para dezembro e o começo de 2010.
É desse lote o álbum "Fractal", de Marcela Godoy e Eduardo Ferigato, à venda em lojas de quadrinhos (Devir, 64 págs., R$ 18). É uma história bem amarrada sobre um serial killer.
***
Quando se diz que a trama é bem amarrada não se trata de força de expressão. Há uma engenharia narrativa no texto que liga pontas desde o começo até as páginas finais.
O foco narrativo é mostrado por meio de Liel Lorca, um perito criminal do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), órgão da polícia paulista.
Ele é convidado por um colega de departamento a investigar uma série de assassinatos de gêmeos. O modus operandi sugere que seja um serial killer. Resta saber quem.
O criminoso é revelado no fim, como deve ser. E, também como deve ser, não se pode falar muito sob o risco de estragar a leitura. Mas pode-se dizer que há uma sucessão de surpresas na páginas finais.
***
O texto de Marcela Godoy, como dito, traz uma eficiente e bem costurada história policial, com o diferencial de ser ambientada em São Paulo, algo raro no mercado.
E não deixa de ser curioso o fato de a obra ser bancada com verba do governo paulista.
O mesmo governo que demonstrou, em maio, uma visão preconceituosa e infantilizada sobre as histórias em quadrinhos, que não poderiam ter palavrões, violência e sexo.
"Fractal" contém linguagem chula ("porra", "filho da puta"), insinuação de cena de sexo, violência visual e temática. E é uma boa história. Voltada ao leitor adulto, claro.
***
É como se existissem dois governos estaduais em São Paulo. Num deles, haveria o governador José Serra e a Secretaria de Educação, ambos com um olhar estreito sobre os quadrinhos, ainda ancorado na metade do século passado.
No outro governo, haveria a Secretaria de Cultura, que selecionou dez projetos de quadrinhos, inclusive com conteúdo adulto, para serem publicados com dinheiro público.
Pelo edital, 200 exemplares têm de ser doados à Secretaria de Cultura. Não está clara qual será a destinação das obras. Se for ao outro governo, o da área de ensino, avizinham-se problemas, principalmente se o caso for noticiado sem contexto pela grande mídia.
De todo modo, fica a lição de que, sem preconceito governamental, é possível conseguir bons resultados com as histórias em quadrinhos, como bem ilustra "Fractal".
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Nota: a Devir publica neste fim de semana outro álbum do edital paulista, "Estação Luz", de Guilherme Fonseca e Renoir Santos. É o tema da resenha do blog deste sábado.
Paulo Ramos comenta Estação da Luz
Álbum recria Fausto, de Goethe, na Estação da Luz

Obra de Guilherme Fonseca e Renoir Santos começa ser vendida neste fim de semana
A Estação da Luz é uma das tantas contradições paulistanas. Ao mesmo tempo em que dialoga com a cultura, é palco dos passos frenéticos de quem toma diariamente os trens.
A estação ferroviária conserva uma arquitetura do fim do século 19 e hospeda o Museu da Língua Portuguesa, inaugurado em 2006. Mas mantém a antítese social de quem pouco tem e consegue superar a constrangedora barreira do pedir.
Foi nesse cenário de opostos que foi criado o roteiro de "Estação Luz", álbum nacional que começa a ser vendido em lojas de quadrinhos neste fim de semana (Devir, 80 págs., R$ 25).
A história faz uma recriação livre do Fausto, de Goethe (1749-1832). Tal qual a obra clássica do escritor alemão, há um pacto demoníaco em prol de perspectivas melhores na vida.
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O Doutor Fausto, culto e douto no livro alemão do começo do século 19, é atualizado para a figura de Wagner, catedrático em Semiótica e História da Arte.
Nos arredores da estação título da obra, ele encontra um mendigo inesperadamente culto e que sabe seu nome, mesmo sem que o tenha dito.
Não demora para perceber que se trata de um suposto mendigo. A curiosidade leva o professor universitário a retornar à Luz em busca do misterioso homem.
O estranho contato se estreita até seja firmada uma amizade e um pacto em nome do desejo de "ter tudo o que quiser".
***
Embora tenha o enredo central baseado em Fausto, trata-se de uma adaptação livre da obra alemã. A começar pela ambientação, passada na conhecida estação paulistana.
Há outros pontos que irão divergir do livro de Goethe, mas cabe ao leitor descobri-los.
A ideia do álbum é do ilustrador Guilherme Fonseca. Ele conta que teve a fagulha para a história após ler Fausto. A Luz surgiu após chegar a São Paulo, em 1990, vindo de Curitiba.
"Passando um dia pela Estação da Luz, imaginei um demônio que morasse dentro do relógio, situação que remetia à dualidade luz e trevas", diz Fonseca no final da obra.
***
"Estação Luz" é um dos dez projetos selecionados pelo Proac, programa de incentivo cultural patrocinado pelo governo paulista.
Cada um dos autores recebeu R$ 25 mil para tornar real a ideia da história em quadrinhos.
Este é o segundo trabalho fruto do edital publicado neste mês pela Devir. O outro álbum, "Fractal", mostra a investigação sobre um serial killer na cidade de São Paulo.
Os autores das duas obras participam de uma mesa com outros quadrinistas, seguida de autógrafos, neste sábado, às 22h, na loja da Devir (rua Teodureto Souto, 624, São Paulo).
Fonte: Paulo Ramos do Blog dos Quadrinhos , 12/12/2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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